Num futuro não muito distante, as lutas de boxe já não são mais travadas entre seres humanos e sim através de robôs enormes, capazes de desferir golpes ultrapotentes e impactantes no oponente e para o espectador. Neste ambiente, Charlie (Hugh Jackman) é um ex-boxeador falido, que se vira com máquinas obsoletas e, quase sempre, perdedoras.
Morando de favor com Bailey (Evangeline Lilly), filha de seu falecido treinador, ele acaba sendo chamado pela Justiça por causa da morte da ex-mulher e a futura guarda do filho deles. O problema é que Max (Dakota Goyo) tem 11 anos, Charlie nunca teve o menor contato com ele e, por isso, prefere que ele fique com a cunhada, mediante o pagamento de uma polpuda “recompensa”.
Mas o garoto é muito esperto e aos poucos vai conquistando o coração do lutador. Para completar, o menino é uma fera nos videos games e tem chances reais de ajudá-lo a treinar uma nova máquina de combate e mudar para sempre o destino deles. Agora, tudo que eles precisam é começar do zero e ir subindo no ranking para enfrentar o campeão dos campeões.
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Dentro deste contexto, não espere ouvir diálogos reflexivos ou imagens memoráveis. O que se ouve e vê são sequências bem montadas, vilões exagerados (beirando o infantil) e também duelos épicos entre robôs cheios de truques. Os momentos de dança são fracos, assim como o conflito entre os personagens principais, mas funcionam. “Você merece coisa melhor”, diz o pai numa frase pra lá de clichê.
Entre as curiosidades, vale destacar a citação do Brasil, com direito a imagem da bandeira nacional, além da conexão estabelecida entre a falência do Boxe tradicional com o crescimento do M.M.A. (antigo Vale-tudo), quando o personagem principal cita o Jiu-Jitsu brasileiro, a família Gracie, etc. Já se fala isso mesmo no mundo real. Dirigido por Shawn Levy (Uma Noite no Museu), o longa tem música do competente Danny Elfman (Gênio Indomável) e ainda Limp Bizkit, Eminem, 50 Cent e Crystal Method na trilha sonora, entre outros.
Assim, usando e abusando de pequenos golpes “baixos”, o roteiro vai plantando situações para que a torcida (na poltrona e na própria trama) não pare de crescer. Estão lá as lembranças, as derrotas, conquistas, dentro e fora dos ringues, um menino (como diriam elas) fofo e ainda um homem frio, sem sentimentos e o seu devido momento de redenção. Não tem erro. É puro entretenimento em fórmula testada e aprovada no melhor laboratório do ramo: as bilheterias.